sábado, 20 de dezembro de 2014

Os Judeus admitem: "O VERDADEIRO CALENDÁRIO FOI MUDADO".

Suposições são perigosas, especialmente quando estão relacionadas à religião. Se uma crença teológica é baseada numa suposição falsa, a prática dessa religião estará em erro. Uma suposição comum feita por sabatistas que guardam o sábado é que o dia sábado tem que ser o sábado da Bíblia por que é o dia que o judeus guardam. O raciocínio é este: “Os judeus nunca guardariam nenhum dia que não fosse o sábado verdadeiro. Assim, o dia sábado tem que ser o sábado verdadeiro porque é quando os judeus adoram.” Um excelente exemplo de raciocínio circular!
É verdade que os judeus nunca perderam a noção do verdadeiro sábado. No entanto, os próprios judeus admitiram que deliberada e conscientemente mudaram o seu calendário pelo qual o verdadeiro sábado havia sido calculado. Durante o século IV DC, a perseguição de todos os que usavam o calendário bíblico para a adoração foi tão intensa que, no final, os judeus desistiram do seu calendário transmitido desde a Criação através de Moisés e adotaram um calendário ajustado para para a adoração no calendário Juliano.


Os judeus são abertos em admitir o fato de que o calendário original foi anulado sob a intensa perseguição romana de todos os que usavam o calendário bíblico, no século IV DC "Sob o reinado de Constâncio (337-362) as perseguições dos judeus chegou a uma altura que. . . o cálculo do calendário foi proibido, sob pena de punição severa. "(1)

Há três áreas principais em que o calendário original difere do falsificado:

1 - O Calendário do Criador é luni-solar. Isto significa que o ano é solar, mas os meses são lunares, seguindo o ciclo lunar. 

2 - O ano começou originalmente com a nova vida na primavera, no momento da colheita da cevada. Sendo que o calendário Juliano/Gregoriano é um calendário solar, as falsificações honram o deus sol começando o ano logo após o "renascimento" do deus do sol no solstício do inverno. (2) 

3 - A maior diferença entre as falsificações e o calendário genuíno encontra-se no ciclo semanal. O calendário pagão Juliano/Gregoriano tem um ciclo semanal contínuo. O calendário original estabelecido na Criação, não. O ciclo semanal reinicia a cada lua nova. 


Esses fatos são livremente admitidos por estudiosos judeus. O Rabino Louis Finklestein do Seminário Americano de Teologia Judaica foi selecionado pelo Kehillas of the World (Comunidades Judaicas) como um dos 120 judeus que melhor representou "uma lâmpada do judaísmo" para o mundo. Em uma carta ao Dr. L.E. Froom, datada de 20 de fevereiro de 1939, Finklestein admitiu: "O atual calendário judaico foi mudado [ajustado] no século IV." (3) Maimonides e a maioria dos outros judeus cronologistas concordam que o calendário judaico moderno é baseado nos "movimentos médios do sol e da lua, com o verdadeiro [calendário] tendo sido anulado." (4)

A Lua Nova ainda é, e o sábado foi originalmente, dependente do ciclo lunar... Originalmente, a Lua Nova era celebrada da mesma forma como o sábado; gradualmente tornou-se menos importante, enquanto o sábado se tornou mais e mais um dia de religião e de humanidade, de meditação e instrução religiosa, de paz e deleite da alma. (5)

Com o desenvolvimento da importância do sábado como um dia de consagração e a ênfase colocada sobre o significativo número sete, a semana tornou-se mais e mais distante da sua conexão com a lua. . . . (6)

Os meses do ano eram lunares, e começavam com a lua nova (“hodesh”, que veio a significar "mês"). Durante a era dos Reis a lua nova era observada através de um festival de dois dias (1 Sam. 20:24 -47.) (7)

Durante o tempo de Cristo, os israelitas estavam usando o calendário original, dado por Moisés. O sumo sacerdote, que foi selecionado a partir da classe dominante dos saduceus, era encarregado de declarar quando um novo mês tinha começado. Os fariseus, cujas "tradições dos homens" Cristo tão enfaticamente denunciada, não controlavam o calendário. Este é um ponto muito importante porque o calendário em uso atualmente é um calendário elaborado pelos fariseus e justificado por sua tradição oral. 

Com a destruição do Templo (70 DC), os saduceus desapareceram por completo, deixando a regulamentação de todos os assuntos judaicos nas mãos dos fariseus. Daí em diante, a vida judaica foi regulamentada pelos fariseus; toda a história do judaísmo foi reconstruída a partir do ponto de vista dos fariseus, e um novo aspecto foi dado ao Sinédrio do passado. A nova cadeia de tradição suplantou a antiga tradição sacerdotal (Abot 1:1). Fariseísmo moldou o caráter do Judaísmo bem como a vida e o pensamento dos judeus para todo o futuro. (8)

Como resultado da perseguição extrema associada com qualquer tentativa de usar o calendário bíblico, Hillel II, o último presidente do Sinédrio, criou um calendário reformado.
Declaração do novo mês pela observação da lua nova, e o ano novo pela chegadada primavera, são decisões que só poderiam ser tomadas pelo Sinédrio. No tempo de Hillel II [4 século CE], o último presidente do Sinédrio, os romanos proibiram esta prática. Hillel II foi, portanto, obrigado a instituir o seu calendário modificado, dando assim antecipadamente a autorização do Sinédrio para os calendários de todos os anos futuros. (9)
Desde os tempos bíblicos os meses e anos do calendário judaico foram estabelecidos pelos ciclos da lua e do sol. A lei tradicional prescreve que os meses devem acompanhar de perto o curso da lua. . . Nos primeiros tempos da nossa história a solução foi encontrada pelo seguinte procedimento prático: O início dos meses era determinado pela observação direta da lua nova.

. . . Este método de observação e intercalação foi usado durante todo o período do segundo templo (516 aC - 70 dC), e cerca de três séculos depois de sua destruição, sempre que houvesse um Sinédrio independente. No quarto século, no entanto, quando a opressão e a perseguição ameaçaram a existência do Sinédrio, o patriarca Hilel II deu um passo extraordinário para preservar a unidade de Israel. . . ele fez público o sistema de cálculo do calendário que até então tinha sido um segredo bem guardado. Ele tinha sido usado no passado apenas para verificar as observações e depoimentos de testemunhas, e para determinar o início da temporada de primavera.. (10)
O calendário hebraico era tanto de cálculo como de observação. A lua é extremamente precisa e exata. Mesmo as várias anomalias, devido à sua órbita elíptica, podem ser previstas. Com conhecimentos astronômicos avançados, que os ancestrais possuíam, o calendário luni-solar é ao mesmo tempo exato e previsível permitindo calcular o passado e o futuro. A beleza deste método de fazer calendário, porém, é que até o pastor na encosta da montanha, sem qualquer conhecimento astronômico, pode usá-lo através da observação.

Quando Hillel II "modificou" o calendário, ele mudou o Ano Novo e corrompeu o ciclo semanal. Isso é tudo. Os princípios pelos quais um calendário luni-solar é calculado são puramente astronômicas. Hillel II não os criou. Ele apenas "tornou público o sistema de cálculo de calendário que até então tinha sido um segredo bem guardado." (11)

Quando o Messias estava na terra, a única coisa que Ele repetidamente e com veemência denunciou foi as "tradições dos homens" – os ensinamentos dos fariseus. É freqüentemente dito: "Se o calendário estivesse incorreto no tempo de Cristo, Ele o teria corrigido." Isto é verdade. O fato de que Ele não o fez prova que o calendário, sob o controle dos saduceus, era de fato o calendário original que o próprio Cristo estabeleceu na Criação. O calendário usado pelos judeus hoje é uma corrupção farisáica. O Rabino Louis Finklestein declarou:

Fariseísmo se tornou Talmudismo ... [Mas] o espírito do antigos fariseus sobrevive inalterado. Quando o judeu ... estuda o Talmud, está na verdade repetindo os argumentos usados ​​nas academias palestinas. . . . O espírito da doutrina [fariseus] tem permanecido rápida e vital. . . . Da Palestina à Babilônia; da Babilônia à África do Norte, Itália, Espanha, França e Alemanha, destes à Polônia, Rússia e Europa Oriental em geral, o antigo Fariseísmo tem vagado. (12)

O Talmud deriva sua autoridade da posição ocupada pelas academias antigas (ou seja, os fariseus). Os professores dessas academias, tanto da Babilônia como da Palestina, eram considerados os sucessores legítimos do velho Sinédrio. . . . No presente momento, o povo judeu não tem nenhuma autoridade central comparável aos Sinédrios antigos ou às academias que os sucederam. Portanto, qualquer decisão relativa à religião judaica deve basear-se no Talmud como o currículo final do ensino das autoridades de quando existiram. (13)

As tradições dos fariseus preservadas no Talmud e das quais Cristo procurou libertar o povo, ensinam que se não se sabe quando ocorre o sábado, simplesmente deve-se guardar um dia em sete. (14) É fácil ver como uma tradição assim poderia ser usada para justificar a alteração do calendário devido à extrema perseguição que enfrentaram todos os que adoravam pelo calendário bíblico. Usando sua autoridade como presidente do Sinédrio, Hillel II conectou as festas anuais ao equinócio da primavera. Em seguida, ajustou o Sábado semanal hebráico (Sabbath) ao sábado sétimo dia (Saturday) do calendário Julian/Gregoriano. Isso "libertou" os judeus da condenação da lei, uma vez que já não se podia saber quando o verdadeiro Sábado ocorria. Assim, eles justificaram a utilização do calendário pagão.

O calendário de verdade é muito fácil de usar. Os dias da semana e Sábados (Sabbaths) de cada mês lunar sempre caem exatamente nas mesmas datas todo mês; (15) os dias da semana não flutuam entre os dias do mês como acontece agora no calendário moderno. Após Hillel II "modificou" o calendário para fazê-lo encaixar com a estrutura do calendário Julian e mudou a observância do sábado sétimo dia da semana lunar para o ciclo continuo da semana Julian, as dificuldades surgiram. Às vezes a lua nova apareceria no dia da semana Julian o que causou com que as festas anuais caissem no dia errado da nova semana. Como resultado, regras de adiamento foram estabelecidas – algo que nunca foi necessário quando o calendário original estava em uso.

Ninguém que deseje guardar o verdadeiro Sábado hebráico deveria seguir as orientações dos judeus para aprender quando ele ocorre. Todos os que guardam o sábado porque "os judeus guardam o sábado" estão seguindo a corrupção que fezHillel II no calendário do Criador e, assim, quebrando a Sua lei.

Lembre-se: Estamos sob o novo pacto, assim que todos aqueles que aceitam o presente daGRAÇA já não estão sujeitos à lei de pedra, mas são salvos pela FÉ em JESUS CRISTO. 

“Mas, antes que viesse a fé, estávamos guardados debaixo da lei, encerrados para aquela fé que se havia de revelar. De modo que a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, a fim de que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio.” Gálatas 3:23-25

(1) “Calendar,” The Jewish Encyclopedia, ênfase provida por este site. 
(2) Isso será abordado em profundidade mais tarde, mas no original calendário Juliano, o solstício de inverno era 25 de dezembro, VIII Kal. Jan., ou oito dias antes do primeiro dia de janeiro.

(3) Caixa 6, pasta 4; Grace Amadon Collection (Coleção 154), Centro de Pesquisa Adventista, Andrews University, Berrien Springs, Michigan.

(4) Maimonides, Kiddusch Ha-hodesch, Tr. Mahler, Wein, 1889, ênfase provida por este site. 
(5) “Holidays”, Universal Jewish Encyclopedia, 1899 ed.,p. 410. Veja o original aqui
(6) The Universal Jewish Encyclopedia, Isaak Landman (ed.), Vol. X, “Week,” (1943 ed.), p. 482. 
(7) The Universal Jewish Encyclopedia, “Calendar,” p. 631. 
(8) “Pharisees,” The Jewish Encyclopedia, Vol. IX, (1901-1906 ed.), p. 666. 
(9) “The Jewish Calendar and Holidays (incl. Sabbath)”: The Jewish Calendar; Changing the Calendar, www.torah.org, ênfase provida por este site. 
(10) Arthur Spier, The Comprehensive Hebrew Calendar, (Jerusalem and New York: Feldheim Publishers, 1986), pp. 1-2, ênfase provida por este site. 
(11) Ibid. 
(12) Louis Finklestein, The Pharisees: The Sociological Background of their Faith, (Philadelphia: The Jewish Publication Society of America, 1946), Vol. 1, Forward to first edition, p. XXI, ênfase provida por este site. 
(13) Louis Finklestein, The Jews — Their History, Culture, and Religion, (Philadelphia: The Jewish Publication Society of America, 1949), Vol. 4, p. 1332. 
(14) Tractate Shabbat, capítulo 7, Mishna 1, www.JewishVirtualLibrary.org. 
(15) Isso explica por que sempre que a data de um sábado (sétimo dia) é dada na Bíblia ele sempre cai no dia 8, 15, 22 ou 29 do mês hebraico.


Fontes: http://blogartigosmeus.blogspot.com.br/2012/10/sabado-o-setimo-dia.html

http://vilaclub.vilamulher.com.br/blog/outros/sabado-o-setimo-dia-9-8461426-242307-pfi-carneiroeurias.html?origem=menu_fixo

Onde comprar o livro que penso ter este texto acima - Título:(O Sábado não é o shabat) ---> -https://books.google.com.br/books?id=KDxQBQAAQBAJ&hl=pt-BR

Ver amostra do livro: https://books.google.com.br/books?id=KDxQBQAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_atb#v=onepage&q&f=false

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Pastor Ed René Kivitz mostra como é fácil enganar os fiéis


segunda-feira, 24 de março de 2014

Decreto dominical Adventista - Cenário esperado e cenário real

CENÁRIOS PARA ACONTECER O "DECRETO DOMINICAL, conforme expectativa adventista.

Diferenças entre "CENÁRIO ESPERADO" e "CENÁRIO REAL"

Cenário esperado:

1 - Um decreto obrigando todos a descansar no domingo, em toda cristandade (todos países de maioria cristã);
2 - Outro decreto proibindo o descanso no sábado, em todos países de maioria cristã;
3 - outro decreto Proibindo a pratica da religião sabática, Fechando todas as igrejas e sinagogas, desapropriá-las em favor do estado, em todos países de maioria cristã;
4 - Perseguir,prender e matar todos os que descansarem no sábado e se recusarem a descansar no domingo, em todos os países de maioria cristã;
5 - Assim os ASD, Judeus e Sabatistas em geral teriam que se estabelecer fora das cidades em colônias, que fossem autônomas e se mantivessem por si mesmas, se desligando totalmente do Estado, Sociedade e economia coletivos. Vivenda a margem clandestinamente;


Cenário real:

1 - Todos ou quase todos já descansam no domingo até os ASD e Judeus(Exceto algum funcionário do comércio, serviços essenciais de segurança, saúde(hospitais), água, eletricidade e etc;que abre nos domingos e empregados domésticos(inclusive dos próprios ASD), que folgam nos sábados e trabalham nas casas de seus patrões aos domingos), coitados!!
2 - Não há decreto proibindo o descanso ao sábado, mas pelo contrário temos a semana inglesa a qual possibilita descansar sábados e domingos, fato que leva o descanso para além do mandamento que ordena trabalhar seis dias e descansar um; Inclusive estão criando leis protegendo os adventistas quanto a concursos e etc;
3 - Não há decreto proibindo a pratica da religião sabática, fechando seus templos e desapropriando-os;
4 - Não há lei penalizando os que folgam aos sábados, mas lei que protegem para que guardem e descansem aos sábados e domingos, veja o exemplo na maioria do comércio,, bancos e funcionalismo publico em geral, exceto serviços essenciais de segurança, saúde(hospitais), água, eletricidade e etc;
5 - Vejo algum adventista querendo comprar um sítio para ir para o mato viver no campo a espera de que o cenário esperando venha a acontecer; tirando de seus filhos a educação, convívio social, vacinas, e todos os outros benefícios do convívio em sociedade, tornando-se isolacionista e extremista.

Isto é para pensar e avaliar - Nada de perseguição,ok?
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Respostas
  1. Copiei e colei este comentário de outro post, por isto

    VOCÊS JÁ RECEBERAM A MARCA DA BESTA, POIS NÃO TRABALHAM NO DOMINGO, Exceto algum irmãozinho adventista que trabalha no domingo e folga no sábado, mas em sua maioria, todos descansam o sábado gregoriano, estando marcados com o sinal da besta que é descansar no domingo, também.

    Dizem não acredito na bíblia? É porque coloquei sob a prova bíblica o tal "Decreto dominical"? Deveriam dizer que não acredito é em Ellen Gould White",pois a profecia do tal "Decreto dominical" Que vai obrigar Judeus e Sabatistas a trabalharem no (sábado gregoriano) veio da pena dela, não é mesmo? Seriam os Escritos de Ellen Gould White a sua bíblia? Será que os escritos dela e de outros seriam mais importantes que a bíblia? Acho que muitos só lê EGW e se esquecem da bíblia, por isto não conseguem perceber este erro e engano do Decreto dominical, que na realidade já funciona há muito e não obriga ninguém a trabalhar no sábado e nem em dia algum, pois isto não é possível, pois tem gente que vive na mordomia e não trabalha é dia nenhum, além dos desempregados, que beiram os 10% da população do mundo. Até os Adventistas da Organização não trabalham no domingo, verdade? Não é mesmo? VOCÊS JÁ RECEBERAM A MARCA DA BESTA, POIS NÃO TRABALHAM NO DOMINGO. HAJA CONTRADIÇÃO !!!

    Por isto foi que pedi para que você lesse o título "A PROFETISA EM GUERRA, http://www.adventistas-bereanos.com.br/arquivos.pdf/aprofetisaemguerra-odecretodominical.pdf

    Mas de que adianta? De que adiantam olhos e ouvidos normais se a mente é cega? Ou se recusa a ver? Entender?

domingo, 16 de março de 2014

IGREJA ADVENTISTA, uma igreja igual a todas as outras

Fonte:  http://www.adventistas.ws/
Conheça a igreja do "Sábado Centro", "Espírito de Profecia Centro", "café centro" e do Centro White !  --- Logo abaixo:

IGREJA ADVENTISTA,
uma igreja igual a todas as outras, que enganam os seus adeptos.

Pondo de lado todos os argumentos contra a doutrina da Trindade, não é possível  ignorar uma profetisa frágil como o vidro. 

IMPENSÁVEL, uma igreja verdadeira, esconder a verdade e enganar os seus adeptos.

Só no ano 1993 a administração se arriscou publicar numa revista para pastores, a mudança radical na doutrina Adventista
que ocorreu em 1980.
 http://www.adventistas.ws/1004.htm

Os pronunciamentos dos "doutores em divindade" da Andrews University, eram todos de uma mudança lá no começo, quando os Pioneiros trouxeram herezias de suas igrejas de origem.  (prontamente corrigidas, diziam eles)

A doutrina aprovada em Assembléia da Conferência Geral de 1980 em Dallas, Texas, foi na forma de um livro de mais de 400 páginas, que nunca foi publicado antes; não foi lido no ato da votação, e só foi publicado 6 anos após. (em inglês)  --- nenhum anúncio à Assembléia que se votava uma mudança na doutrina: UM CAVALO DE TRÓIA !


Quando me refiro a IGREJA VERDADEIRA, não quero dizer que era uma igreja perfeita !

As bases da Igreja Adventista foram fundamentadas na verdade, porque saiam fora do ranço do protestantismo, que pregava a nulidade da Lei de Deus, e adotava o POLITEISMO inventado em Roma: A TRINDADE.


Ellen White como fator corruptor da doutrina original Adventista, logo se fez notar:

1.  O foco não era mais "Amarás a Deus sobre todas as coisas" e sim O SÁBADO. --- Queremos esclarecer que somos absolutamente guardadores do sábado, sempre considerando a ênfase dada por Jesus, que "o sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado."

2. A salvação passou a ser 'pela graça, mediante as obras.'   (ERRADO)

3.  Ellen White instituiu a OFERTA PELO PECADO, que foi uma das aberrações criadas pela Igreja Católica.

4.  Instituiu a  BENEFICIÊNCIA SISTEMÁTICA de 1%, logo depois modificado  para o Dízimo de 10%.  --- Contrariando Hebreus 7:12 e 18  (Ler capítulo inteiro)

5.  Incentivou o racismo na Igreja, com ofenças aos homems de raça negra.

6.  Fez apologia à comunicação com os mortos !  (seguiu os conselhos do seu marido morto, que lhe apareceu em sonho)

7.  Contrariou as palavras de Jesus, que o Justo não entra em Juizo e criou um Juizo Investigativo, que muito se assemelha ao PURGATÓRIO da Igreja Católica.

Numa pregação confusa e marcada por constantes contradições, em que ora aconselhava obreiros comer carne de porco, e pouco depois desdizia tudo que ensinou, e em muitos outros ensinamentos, acabou lançando as sementes da doutrina da Trindade que germinaram 65 anos após a sua morte.

 
A Visão de uma Luz destacando o Sábado sobre os demais Mandamentos, era FALSA !

"S
ÁBADO CENTRO", "Espírito de Profecia Centro", "Cristo Centro", ou "Amarás a Deus sobre todas as coisas" ?
O foco das atenções de Ellen White sempre esteve no sábado !

Ao escrever que 'o sangue de Cristo não cancela pecados' e criar um modelo continuado de espiação, que não se completou no Calvário, a profetisa da IASD desfigurou o plano da salvação:



"O sangue de Cristo, ao mesmo tempo que livraria da condenação da lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado; este ficaria registrado no santuário até à expiação final; assim, no cerimonial típico, o sangue da oferta pelo pecado removia do penitente o pecado, mas este permanecia no santuário até ao dia da expiação." (Patriarcas e Profetas pg. 357) 

Outra vez, Ellen White diminue o Plano da Salvação, e s
egundo a profetisa, Jesus não vai cumprir a promessa: "Estarei convosco até a consumação dos séculos", e o "nosso Advogado" vai faltar justamente no dia do Juizo !

"Os que estiverem vivendo sobre a Terra quando a intercessão de Cristo cessar no santuário celestial, deverão, sem mediador, estar em pé na presença do Deus santo. Suas vestes devem estar imaculadas, o caráter liberto de pecado, pelo sangue da aspersão. Mediante a graça de Deus e seu próprio esforço diligente, devem eles ser vencedores na batalha contra o mal. Enquanto o juízo investigativo prosseguir no Céu, enquanto os pecados dos crentes arrependidos estão sendo removidos do santuário, deve haver uma obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra. Esta obra é mais claramente apresentada nas mensagens do capítulo 14 de Apocalipse."  (O Grande Conflito pg.425)


Como se não bastasse, Ellen White blasfema contra Deus:


 "
Deus dirigiu a mente de Guilherme Miller para as profecias e lhe deu grande luz sobre o livro do Apocalipse." (Early Writings (1882), page 231)

 
"
Eu ví o povo de Deus exultando em espectação, olhando pelo Senhor. Mas os desígnios de Deus era prová-los. Sua mão encobriu um engano na conta dos períodos proféticos. Os que estavam esperando o Senhor não descobriram esse engano, e os mais entendidos que se opuseram ao tempo, falharam em ver. Eram os desígnios de Deus que seu povo deveria encontrar-se com o desapontamento. O Tempo passou e queles que olharam com espectativa e alegria pelo seu Salvador ficaram desgostosos e com o coração quebrantado, enquanto os que não amavam a volta de Jesus, e abraçaram a mensagem por temor, ficaram felizes porque Ele não veio no tempo em que era esperado." (Early Writings (1882), page 235)

 
"Foi o propósito de Deus encobrir o futuro e trazer Seu povo a um um ponto de decisão. Sem pregar um tempo definido para a volta de Cristo, o trabalho designado por Deus não teria sido realizado."  (Early Writings (1882), page 246)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Depoimento de Phillipe Hotman

Introdução
"Como alguém pode deixar a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a não ser por estar fraco na fé?" Esta era a pergunta que eu fazia quando achava que alguém estava prestes a deixar o barco da única igreja verdadeira.



Infância e Adolescência

Minha história pessoal se confunde e se mescla com a história da igreja nas últimas quatro décadas no Brasil. Na minha infância, um colportor levou os livros da Igreja até minha casa, de tal forma que, após alguns anos, estávamos frequentando a Igreja Adventista, onde prosseguimos nos últimos quarenta anos.

Como dedicados adventistas, meus irmãos e eu participávamos de tudo na Igreja, inclusive do clube dos desbravadores. Aos quinze anos eu já havia lido “O Grande Conflito”, “Mensagens aos Jovens” e vários outros livros da Igreja e da sra. White. Naquela época, ainda éramos os ‘Missionários Voluntários’ (depois o nome mudou para Jovens Adventistas).

A Igreja Adventista que frequentei nos anos 1970
A Igreja que eu frequentei e vivi plenamente, pregava com entusiasmo várias coisas. Nos estudos bíblicos que recebemos e nas pregações da Igreja aprendemos que o papa era a cabeça da Besta do Apocalipse e a Igreja Católica era a Besta que emerge do Mar. A Igreja Adventista era a única igreja verdadeira, pois era a única que guardava os dez mandamentos de Deus. Além disso, tínhamos uma profetisa infalível. Fomos informados que havia um plano ecumênico em andamento para a união das igrejas, mas a igreja adventista jamais se uniria a elas, pois nem mesmo fazíamos parte do Conselho Mundial das Igrejas. Todas as profecias da nossa profetisa tinham se cumprido e outras ainda iriam se cumprir e isso nos fazia sentir muito seguros.

Na época comentava-se muito sobre o fato da Igreja Adventista ser a segunda instituição mais organizada do mundo, atrás apenas da SHELL numa pesquisa feita nos Estados Unidos. O livro de nossa profetisa sobre a vida de Jesus (O Desejado de todas as nações) era considerado a melhor história já contada da vida de Jesus por alguém muito importante que trabalhava na Biblioteca do Congresso Americano. Sabíamos também que dentre os adventistas mais consagrados, no tempo do fim estariam os 144.000, e cada um de nós se esforçava pra estar entre eles.

Participávamos das caravanas dos Festivais de Fé, das reuniões de Koinonia e cada notícia mais alarmante era para nós um sinal evidente do fim do mundo e isso era amplamente pregado e comentado por várias semanas. Aguardávamos e comentávamos com ares de surpresa e inquietação qualquer notícia relacionada ao domingo, ansiosos pelo decreto dominical. Pois para nós, a guarda do domingo era um sinal da besta. Em cada sábado à tarde, líamos porções do livro Mensagens aos Jovens, procurando ver em qual ponto deveríamos nos aperfeiçoar ainda mais.

E eu, como um ótimo adventista, acreditava e procurava viver plenamente tudo. Minha dedicação também se refletia na minha frequência, pois eu não perdia um único culto. Observando o meu comportamento, vários membros da Igreja diziam que eu deveria ir para um de nossos internatos e estudar para ser pastor da Igreja.
Um fato estranho
Mas antes que eu tomasse tal decisão, aconteceu algo estranho em minha Igreja, que era a sede do distrito em nossa cidade no interior de Santa Catarina: alguns membros foram afastados da Igreja pelo pastor por um motivo inusitado. O que me surpreendeu foi que estes irmãos eram muito zelosos e me pareciam adventistas e cristãos autênticos.

Curioso, perguntei a um dos líderes sobre o caso e ele me disse que o motivo era ‘apostasia’. E completando, recomendou-me que não me aproximasse de forma alguma desses ex-membros. Não satisfeito com a resposta, pois eu não podia entender como irmãos tão zelosos poderiam ter se apostatado, perguntei a uma pessoa que ainda era amiga de um dos (agora) ex-adventistas. Ela disse-me que era por que eles estavam seguindo as ideias de um pesquisador adventista chamado Desmond Ford que contestava importantes doutrinas da Igreja. Diante dessa explicação, julguei que a Igreja tinha procedido corretamente naquele caso e tranquilizei-me sobre o assunto.
No Internato
Fui para um de nossos colégios, buscando preparar-me ainda mais espiritualmente para seguir a carreira ministerial que me aguardava. Após concluir o segundo grau, transferi-me para um dos dois internatos que ofereciam o curso de Teologia.

Sonho dos sonhos: eu, um simples jovem do interior do Brasil, estava ali no Seminário da Igreja que eu amava, preparando-me para ser um pastor. Tudo ocorria de forma maravilhosa e busquei aproveitar ao máximo o curso. Gostava muito das aulas do professor de Daniel e Apocalipse que frequentemente repetia: “Um texto fora do contexto é um pretexto”.

Da época do teológico, além das boas lembranças, dois incidentes, completamente distintos, trouxeram-me alguma perturbação.

Um colega de quarto um dia me chamou e leu um trecho de Ellen White, perguntando-me se eu achava que aquelas eram palavras de uma pessoa inspirada por Deus. O trecho em questão tratava Jesus como infantil e fraco, e eu disse ao colega que devia ser um erro de tradução. É claro que ele não ficou satisfeito, mas eu procurei ‘esquecer’ o assunto, pois não queria, conforme o dito popular, colocar ‘minhoca’ em minha cabeça.

Em outra ocasião, um professor do Teológico, Doutor em Teologia, recém-chegado da Andrews University, foi afastado do curso e excluído por ensinar em classe, doutrinas conflitantes com as defendidas pela Igreja. Outro professor, também Doutor em Teologia e professor de Oratória, foi afastado do curso e forçado a se aposentar porque gostava de falar ‘umas verdades’ que desagradavam a liderança do colégio e da obra. Eu gostava destes professores e me entristeci com estes fatos.

Achava essas coisas estranhas, mas eu era jovem e meu foco era para mim muito claro: ser pastor da Igreja. Formei-me e fui chamado: meu sonho estava se realizando.
Até que durou muito
Como pastor, aprofundei ainda mais meus estudos para preparar meus sermões e logo encontrei um foco para minhas mensagens: vida saudável, trabalho missionário, leitura dos livros do espírito de profecia e fidelidade aos princípios da igreja.

Mas o conhecimento aliado a inteligência é perigoso na Igreja Adventista. Ao estudar com diligência e oração, logo começaram minhas dúvidas e inquietações em questões que envolviam Ellen White e as doutrinas. E das suas, uma: ou eu encontrava uma maneira de silenciar minhas inquietações, ou teria problemas.

E durante vários anos eu escolhi silenciar minhas inquietações com paliativos que à época pareciam satisfatórios: Ellen White era uma profetiza inspirada por Deus – logo suas palavras tinham o mesmo peso dos profetas bíblicos; a Igreja devia ter um bom motivo para acreditar dessa maneira; a Igreja Adventista era a igreja verdadeira e cumpria um papel singular na história do mundo; era meu emprego, minha carreira, minha escolha de vida, afinal de contas.

Outra coisa que me inquietava eram os erros, mandos e desmandos que eu via em diferentes setores da ‘obra’. Havia também uma inquietação entre vários obreiros das missões: o peso ‘morto’ que na época significavam as uniões, que apenas repassavam orientações vindas da divisão para as associações e missões. Mas eu novamente me tranquilizava afirmando para mim mesmo que ‘fora’ da obra, deveria ser muito pior, e que aquelas pessoas e os dirigentes que faziam coisas erradas e tomavam decisões que prejudicavam a obra e a igreja como um todo, no juízo final teriam de Deus a justa recompensa por suas más obras.
Experiência Frustrante
Realizando uma semana especial sobre o Espírito de Profecia, uma das senhoras, membro de nossa Igreja, trouxe uma inquietação: ela estava entusiasmada com a semana de oração e foi tentar evangelizar seu bairro. Nessas tentativas, sua vizinha lhe disse que não acreditava na profetiza adventista, pois Ellen White era racista.

Tranquilizei a irmã dizendo que aquilo era um absurdo, e que a vizinha dela mostrava apenas preconceito contra a Igreja e um total desconhecimento dos escritos da sra. White. A irmã adventista se deu por satisfeita com minha resposta superficial, mas eu não. Comecei a revirar meus livros em busca das referências sobre o assunto, disposto a provar que o que eu disse era correto, como era do meu costume.

Mas fiquei desapontado com o que encontrei, pois mesmo considerando o contexto dos Estados Unidos do século XIX, aquelas afirmações presentes nos ‘escritos inspirados’ eram claramente racistas. Não voltei a falar no assunto com a irmã e fiquei feliz por que ela não me procurar para falar sobre isso. A partir desse incidente, minha consciência não mais me deixou tranquilo com relação a Ellen White e comecei a centrar minhas pregações apenas na Bíblia.
Administração
Após alguns anos, convidado pela própria organização, deixei o ministério e dediquei-me a atividades administrativas. Sentindo-me cada vez mais apto e vocacionado para esse tipo de trabalho (as atividades administrativas), após alguns comecei a considerar a possibilidade de abrir minha própria empresa num ramo específico de negócios. Na administração conheci mais de perto algumas coisas na obra com as quais muitos adventistas não concordariam. Comecei a desejar não trabalhar na ‘obra’. Minha família e eu oramos muito sobre isso.

Após muita reflexão e oração, decidi deixar a obra, fundar minha empresa e servir a Deus como um simples membro de Igreja, atuando como fosse necessário, tanto fazia se fosse um professor da escola sabatina ou um ancião. Por outro lado, minha futura empresa parecia-me um lugar onde eu poderia criar um bom ‘ambiente de obra’.

Enfim, tudo indicava que eu serviria melhor a Deus fora da organização. Voltei para a capital do meu estado e comecei meu empreendimento, sem me descuidar das coisas da igreja, pois além de ajudar na liderança local da congregação, eu dava muitos estudos bíblicos e pregava frequentemente.
Mais Inquietações
Livre das amarras organizacionais, dei vazão ao meu desejo de investigar e pesquisar qualquer assunto que me viesse, mantendo sempre um lema que aprendi com o apóstolo Paulo: “Examinai tudo, retende o que é bom”. Além dos livros, a internet estava agora disponível a todos e a Igreja facilitou nesse ponto, pois os sites organizacionais transformaram-se em ferramentas de informação e evangelização.

As pesquisas traziam, entretanto, cada vez mais surpresas e decepções. No site da Igreja, com tristeza, descobri pela primeira vez que Ellen White havia copiado indiscriminadamente de outros autores e que, ao longo de vários anos e décadas, tanto ela como a administração da Igreja negaram esse fato. Além disso, também fiquei sabendo pela primeira vez que ela havia feito várias profecias que não haviam se cumprido e que deixara como herança para filhos, netos e bisnetos, o fruto de seu dom espiritual, quando em seus escritos, ela mesma recomendava o contrário. Vi pelo site do Centro White que ela mentira para José Bates a fim de ganhá-lo para a Igreja. Senti-me muito mal e de verdade, chorei por dentro.

Minha geração foi educada no conceito de que Ellen White era uma cristã devota, uma pessoa tremendamente espiritual, inspiradora e que jamais poderia (pelo menos na idéia que a Igreja passara para nós) fazer coisas daquela natureza.

Eu pensava e questionava: como e porque a Igreja não me contou essas coisas? Afinal de contas, eu havia estudado no Seminário da Igreja e, se havia algo para esconder dos membros de uma forma geral (o que não seria correto), nada deveria ser escondido dos pastores. Eu simplesmente não conseguia entender.

Nessa ocasião descobri que a maioria dos sites na internet que falam sobre Ellen White pertence a ex-adventistas que criticam os escritos e o ministério dela.
Mente Aberta
Foi aí que uma simples constatação fez meu espanto e surpresa atingir o ápice: todas as inconsistências, incoerências, erros, mentiras e enganos estão apresentados nos sites oficiais da Igreja e do Espírito de Profecia, (logicamente) com as respectivas explicações defendendo Ellen White e os pontos de vista da Igreja. Em outras palavras, os administradores devem ter pensado: já que as críticas se baseiam em coisas, escritos e fatos reais, vamos colocá-los nos sites oficias da igreja, mas vamos defender Ellen White em cada uma das questões, acusações e problemas.

Emagreci de nervosismo e tristeza, pensando durante muito tempo em como aquelas coisas poderiam ser possíveis. Aflito, mas com oração e genuinamente decidido a não permitir que aquilo abalasse minha fé, decidi investigar ainda mais. Por outro lado, comecei a reler a Palavra de Deus, buscando crescer apenas por ela.

Decidi continuar minhas pesquisas da mesma forma que eu já vinha conduzindo: somente investigar pelas fontes da Igreja e não pelos críticos.

Ou seja, se um membro decide ‘investigar’, basta ele ler as fontes bibliográficas e o próprio site da Igreja. Embora possa parecer simples, pois fui aos poucos percebendo as incoerências, acredito que a maioria dos membros está condicionada a ver apenas o que querem ver.

Ao relembrar como eu mesmo tinha me calado e tampado meus ouvidos para coisas evidentes, vi que minha própria experiência revelava como as pessoas só veem o que estão preparadas para ver.

Além disso, os adventistas não são diferentes das pessoas em geral, pois a ‘verdade’ para eles acaba sendo uma questão de quem dá as explicações que ‘parecem’ mais convincentes.
Descobertas
Ao longo de seis meses, descobri mais sobre a Igreja Adventista e suas doutrinas do que em quase quarenta anos de adventismo.

Não pude entender como eu não havia aberto os olhos para aquelas questões. Aí me lembrei tanto de meu colega do teológico, como daquela irmã que trouxera a mim a questão do racismo nos escritos inspirados e vi que, durante muitos anos, eu havia consciente e inconscientemente me recusado a ‘arrazoar’ e ‘questionar’ estes temas sensíveis.
Abalo sísmico
Percebi com muita clareza que várias doutrinas e subdoutrinas adventistas não estavam fundamentadas na Bíblia, mas sim nos escritos de Ellen White, como o decreto dominical, o juízo investigativo, a perfeição dos santos sem um mediador, o selo de Deus, o dízimo e ainda várias questões relativas a 1844 e ao santuário.

Descobri que temos um ‘Talmude’ Sabático Adventista, com centenas de advertências, indicações, regras e orientações que se deve do que não se deve fazer no sábado, e o quanto isso foge do simples ensinamento bíblico do sábado passado por Jesus Cristo. Vi que do púlpito, em variadas ocasiões criticamos os judeus por seu legalismo e regras absurdas sobre o sábado, mas com tristeza, percebi que criamos as nossas próprias regras legalistas.

Claro que o sábado é sagrado e deve ser observado. Mas Ellen White, à semelhança dos judeus, tornou a observância desse dia um fardo. Eu não pensava assim, mas isso é porque eu não havia lido e nem tentado seguir todas as recomendações que ela faz.

Descobri que os pioneiros adventistas não entrariam na Igreja Adventista de hoje e isso me chocou. Como é possível que Tiago White, José Bates, John Andrews e John Loughbourough não aceitariam ser adventistas? Mas isso está revelado na própria literatura da Igreja, em função da mudança de várias doutrinas.
Ellen White e a Verdade
Atônito com tantas revelações e descobertas, decidi analisar a fundo todas as informações divulgadas pelo Centro de Pesquisas Ellen G. White. O incrível é que no site oficial está tudo, tudo mesmo (www.whitestate.org).

Há demasiadas evidências que mostram que ela não era de fato uma profetisa. Suas visões não seguem o padrão bíblico como alguns historiadores adventistas querem fazer parecer e ela não passa nem mesmo no teste estabelecido pela própria igreja para um profeta verdadeiro.

Quando comparada com os profetas bíblicos, Ellen White teve visões em excesso (mais de duas mil) e numa infeliz coincidência, em quase todas as vezes, ela só tinha a visão depois de ter tido contato com pessoas ou assuntos que foram o tema da visão. Em outras palavras, suas visões não eram uma antecipação como os historiadores e teólogos tentam fazer-nos acreditar, mas simples ‘confirmações’ de assuntos em pauta.

E se nos basearmos na narrativa oficial, ela teve até quarenta vezes mais visões do que todos os profetas bíblicos juntos e isso não faz o menor sentido. (EGW - 2000 visões. Profetas e Apóstolos - 50 visões).

Ellen White relata mais de cem encontros com "anjos" ao passo que, somados todos os encontros ou visões de todos os personagens bíblicos que envolviam anjos, teremos apenas quarenta e dois encontros (em toda a Bíblia).

Ao contrário do que diz o livro “Nisto Cremos”, Ellen White teve visões que resultaram em várias afirmações e doze profecias que não se cumpriram, além de se contradizer diversas vezes e fazer afirmações contrárias às encontradas nas Escrituras.

Ellen White afirmava estar sendo 'inspirada' pelo Espirito Santo e dizia que recebia muitas vezes 'as palavras diretamente do anjo' ao mesmo tempo em que copiava de outros autores sem dar-lhes o devido crédito. E ela negou esse fato explicita ou implicitamente diversas vezes numa atitude que pode ser facilmente classificada como hipocrisia ou falsidade. Ou seja, ela "copiava" trechos das obras de outros autores e depois afirmava tranquilamente que isso veio do "Senhor".

Ellen White apoderou-se de escritos e pensamentos alheios para montar seus livros e exigiu para si direitos autorais que depois foram repassados aos seus filhos, netos e bisnetos. Será que há dúvidas de que ela 'comercializou' o dom profético ao deixar um ‘testamento’ dos direitos autorais?

Sob 'inspiração divina' Ellen White afirmou verdadeiras barbaridades científicas sobre a amalgamação entre homens e animais, masturbação, perucas, cosméticos, planetas, estrelas, vulcões, etc. Também falou coisas das quais a maioria dos adventistas se envergonharia em questões ligadas ao racismo e a educação de crianças.

Se os fiéis de qualquer congregação se escandalizam com os pastores que pregam o que não vivem, imagine o que pensariam da "mensageira do Senhor" que falava contra a carne e continuava fazendo uso dela? Isto sem contar as ostras, o camarão, a manteiga, o queijo, os ovos, etc., tudo depois da visão da reforma da saúde e no mesmo momento que os seus escritos recomendavam o contrário. Em se tratando desse assunto, por mais de quarenta anos, Ellen White pregou, condenou pastores, criticou membros, mas não viveu a mensagem de saúde.

Fiquei pasmo ao saber que ela fez uso de informações passadas por terceiros para escrever cartas de admoestação a outras pessoas e tratava essas informações como vindas de Deus. E como explicar seu sonho no qual Tiago White, já falecido, lhe dá conselhos como numa visão espírita, e ela atribui isso a Deus?

Ela disse que recebeu em visão as orientações divinas sobre a doutrina da porta fechada (doutrina que limitava a salvação ao grupo envolvido no episódio de 1844) e durante muitos anos pregou sobre isso. Mas depois ela mesma negou a validade dessa doutrina.

Para mim foram muitas coisas, muitas descobertas, muita frustração, muito sofrimento para quem aprendeu a amar Ellen White como uma profetisa de Deus para a Igreja remanescente. Como fruto de minhas pesquisas surgiu um documento de mais de 100 páginas com todos os assuntos, comentários e itens de pesquisa e suas respectivas fontes (1).

Esclarecimento e Enfermidade

Diante de tudo isso, fui forçado, não porque eu queria, mas pelo peso das evidências, a concluir que Ellen G. White não era uma profetiza inspirada por Deus. Isso não foi fácil, mas acreditar de forma diferente à luz de todas essas revelações a partir das fontes oficiais seria uma insanidade.

Fiquei depressivo, doente e emagreci como resultado de minhas pesquisas. A Igreja e a profetiza que eu tanto amava tinham me decepcionado em alto grau. A única força que eu possuía, felizmente, estava na Bíblia e foi ela que me deu forças para atravessar esse período difícil de descobertas.
Muitos anos
Numa retrospectiva, percebi que durante várias décadas, eu havia sido um fiel e dedicado membro da igreja, tendo levado muitas pessoas a aceitarem a fé adventista. Eu dedicara toda a minha vida a essa Igreja.

Aflito, resolvi me abrir com o pastor local, que parecia uma pessoa muito confiável e falei com ele das minhas inquietações. Comecei apenas com um assunto. Falei-lhe sobre a falta de lógica do juízo investigativo e da falta de embasamento bíblico para essa doutrina. Para minha surpresa, ele disse que não acreditava no juízo investigativo e jamais pregava sobre esse tema. Ufa, pensei, que bom, então podemos prosseguir.

Então conversamos sobre Ellen White durante várias horas, onde eu apresentava progressivamente minhas dúvidas, tanto com relação ao seu dom, como aos seus escritos, sempre a partir das informações do site da Igreja. Ele me ouviu atentamente e disse que iria checar no site para ver se as coisas eram como eu estava falando.

Dias depois encontrei-me com ele, ansioso para saber a que ponto a ‘pesquisa’ o havia levado. Atentamente ouvi ele me dizer que acreditava que todas aquelas informações faziam parte de uma grande conspiração e complô para desmerecer o Espírito de Profecia. Calado e incrivelmente surpreso, mudei de assunto e vi que a tarefa de esclarecer outros era bem mais difícil do que eu poderia imaginar.
Procurando Outros
Tentei, com muito critério, partilhar um pouco com outros irmãos que eu julgava esclarecidos, mas eles me olharam como um louco. O que estava acontecendo? Por que meus irmãos de fé não me davam ouvidos? Porque, mesmo tendo as informações disponíveis, vindas de fontes confiáveis, eles não buscavam saber a verdade?

Percebi que a questão é intrigante e grave, e que o maior problema não era o acesso deles a essas informações embaraçosas. A questão era outra.

Percebi que a mentalidade deles estava aprisionada no modelo de vida adventista: no sistema de valores, na visão estratificada, estagnada e acima de tudo aprisionada nos lemas e slogans adventistas (“Nos temos a verdade"; "Somos o Israel moderno"; "Somos o povo da profecia"; "Temos uma luz maior"; "Somos a Igreja de Laodiceia") e isso praticamente os impedia de pensar. Isso mesmo: o adventista simplesmente aceita todo aquele conjunto de crenças sem pensar, sem analisar a fundo. A Igreja traz conforto, limites e segurança e isso é suficiente para praticamente todos. Para eles, a verdade de fato, ou, sendo redundante, a verdadeira verdade é apenas um detalhe.
Movimentos Paralelos
Sem dúvida, em minha pesquisa, acabei me deparando com movimentos independentes que se afastaram da Igreja por questionar alguns dos pontos que mencionei. A princípio pensei que, se a Igreja não tinha razão, então eles deveriam ter. Mas, ‘gato escaldado’, pus-me a analisar estes grupos e seus ensinamentos antes de me envolver com eles. Descobri que quase todos são ferrenhos na defesa dos escritos do Espírito de Profecia. Isso para mim, por si só, já invalidava os esforços deles, depois de tudo o que descobri de Ellen White.
O que fazer?
Ir a Igreja tornou-se um dilema, pois em cada sermão, lá vinha a mesma expressão de dependência e apoio nos escritos de Ellen White (“... de acordo com o Espírito de profecia..., a irmã White disse...”). E, com menos frequência, ouvia algumas pregações de doutrinas sem embasamento bíblico.
O que fazer?
Tentar esclarecer os outros irmãos tornou-se uma tarefa ingrata: em sua maioria, as pessoas não estão de fato interessadas na verdade, apenas em conforto e acolhimento.
Ficar ou não ficar na Igreja?
Em minhas pesquisas, algo me intrigava.

Por que pessoas capazes e questionadoras como W.W. Prescott, Desmond Ford, Sammuelle Bachiochi e Raymond Cottrell apontaram ou apontam falhas em nossas doutrinas e interpretações proféticas e permaneceram ainda assim na Igreja Adventista?

Porque Fletcher e Conradi continuaram a crer na integridade básica da mensagem adventista mesmo após serem desligados?

Porque Walter Rea acreditava até o momento em que foi tirada a sua credencial de pastor, que poderia permanecer como obreiro na Igreja Adventista ao tentar ‘destruir’ o mito Ellen G. White?

Por que Dirk Anderson, um dos maiores críticos de Ellen G. White na atualidade, em seu depoimento pessoal não aconselha as pessoas a saírem da Igreja Adventista (pelo menos não diretamente)?

Por quê?

Mas está certo permanecer numa igreja que negou suas raízes, modificou suas doutrinas, apoia (com conhecimento) as inúmeras irregularidades nas questões que envolvem Ellen White?

Está certo permanecer na Igreja depois de se conscientizar que ela se tornou mais legalista com relação a diversos critérios (sábado, exclusão por crenças individuais diferentes [trindade]) e moralmente duvidosa em outros (apoio do aborto em hospitais adventistas americanos, mal uso de recursos ‘sagrados’, acobertamento de erros e trapaças dos líderes)?
Existe uma Religião Verdadeira?
Existe uma Religião cujas doutrinas, interpretação profética e linha de ação possam ser analisadas ponto a ponto diante da palavra de Deus e sair completamente aprovada?

Na verdade, quando se lê o Novo Testamento só se consegue ter certeza da existência de um povo espalhado pelo mundo, que constitui a “igreja de Deus e de Cristo”. Três textos são suficientes:

“Mestre, vimos um homem que em Teu Nome expulsava demônios, e nós lho proibimos, porque não nos seguia. Jesus, porém, respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em Meu Nome e possa logo depois falar mal de Mim; pois quem não é contra nós, é por nós. Portanto, qualquer que vos der a beber um copo de água em Meu Nome, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que de modo algum perderá a sua recompensa.” Marcos 9: 38-40

O segundo texto é Atos 10:35: “Em cada nação Deus tem aqueles que o adoram, praticam boas obras e são aceitáveis a Ele.”

E o último e mais incisivo: “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta; Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se incontaminado do mundo”. Tiago 1:26-27.

Assim, concluí que existe um povo remanescente espalhado pela face da Terra, que vive a virtude, crê em Deus e naquele dia maravilhoso, será levado para o céu.
Finalizando
Comecei essa narrativa de minha experiência com a pergunta "Como alguém pode deixar a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a não ser por estar fraco na fé?"

Eu sei a resposta. Pessoas fortes na fé também saem da Igreja Adventista.

Buscando a verdade de coração e com fé, uma pessoa sincera e de mente aberta, ao encontrar as respostas, certamente deixará a Igreja Adventista, por não aceitar conviver com todas essas irregularidades e erros. Mas pode ser que alguém ainda queira permanecer para ajudar os que estão lá.
Minha Decisão: seguir a Cristo
Depois de muita reflexão, oração e conversas com minha família, decidi sair da Igreja, pois não encontrei um caminho melhor para seguir a Cristo. Hoje sou um cristão que vive plenamente a mensagem de Apocalipse 14:12 (um remanescente que guarda os mandamentos de Deus e mantem a fé em Jesus).

Não quero em mim nenhum rótulo de Igreja e Instituições. Estou muito feliz e seguro na mensagem bíblica. Ainda tenho muito carinho pelos adventistas, mas não sou mais um deles. Sou apenas e tão somente um cristão, com muita fé em Deus, amor a sua palavra e satisfação de seguir a Cristo.
Abraços
Phillipe Hotman
Fonte: http://adventismoexposto.blogspot.com.br/2012/04/depoimento-de-phillipe-hotman.html